segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Berhane Selassie.




" Meu lar é sempre onde estou, meu lar está na minha mente,
meu lar são meus pensamentos, meu lar é pensar as coisas que eu penso.
Esse é meu lar. Meu lar não é um lugar material por ai... meu lar está na minha mente! "


Robert Nesta Marley



Este é meu coração a te abalar invariável.
Eu te darei amor no tempo em que estiver pronta.
Este coraçãozinho em mim
Só não vai me deixar ser.
Eu estou apenas para te abalar, agora.
Você não vai agitar comigo?
Por longo tempo não tivemos um bom tempo,
Doo-yoo-dee-dun-doo-yea.
Pense sobre isto. ♫
 
 
música: Nice Time ( tradução )

sábado, 18 de dezembro de 2010



" Posso não durar tanto quanto as outras cantoras, mas sei que posso destruir-me agora se me preocupar demais com o amanhã. "

Janis Joplin .


Cofie em mim baby, me dê tempo. Eu ouvi alguém dizer, oh: "Quanto mais velha a uva, mais doce o vinho, mais doce o vinho."  Oh, meu amor é como uma semente baby, está crescendo com mais força dia após dia, sim, esse é o preço que você tem de pagar. Confie em mim ... Leva um corredor de auto-estrada só um pouco mais longe, querido. Oh, para fazer minha cabeça, eu preciso fazer minha cabeça. Oh, meu amor é como uma semente baby, só precisa de tempo para crescer, está crescendo com mais força dia após dia, esse é o preço que ambos devemos pagar. Eu vou saber, saber que está pronta, oh pronta para me acalmar, porque eu penso demais no seu amor, baby. Sim, e eu não quero complicar sua vida!
Então se você me ama como diz que ama querido, você não deveria se importar em pagar o preço, qualquer preço. O amor foi feito para ser aquele tipo de coisa especial. Faz qualquer um querer o sacrifício.  Confie em mim baby. Confie no meu amor, no meu coração. Mantenha a fé baby, mantenha a fé em mim querido, em meu amor. Não vire seu rosto de mim, não!Você precisa acreditar em mim baby, é, acredite em mim, oh... ♫



música: Trust me ( tradução )

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sei lá ♫



Sei lá, tanta coisa eu tenho aqui pra te dizer. Tanta coisa eu tenho em mim pra falar pra você. Tanta coisa eu tinha mas não tenho mais, tanta coisa que ficou pra trás, mas agora vai. Agora vai ficar meio ridículo, como todas as cartas de amor, que eu nunca te escrevi. Agora, se você tivesse aqui, se você quisesse ouvir, agora, se você pudesse me seguir, eu ia te levar pra conhecer todo aquele sentimento que eu não soube te dizer. Se você pudesse vir, se você pudesse ver, aqui dentro, onde o tempo não soprou o vento que faz esquecer, eu ia dizer tudo de uma vez Não sei, eu acho que eu não ia dizer nada. Ou fazia tudo ao mesmo tempo, gritando o meu silêncio na nossa voz calada. Um lábio sabe mais que um sábio diz saber. Sei lá... A língua lambe mas não sabe o que dizer. Sei lá... A lábia fala mas não faz acontecer. Sei lá... E o silêncio fica imenso sem você. Vem aprender, deixa a vida ensinar. Se a vida não souber a gente pode improvisar. Se você tivesse aqui pra me ajudar, trazendo o seu perfume pra desentristecer meu ar. Ah, que perfume bom, Djavan no som (...)  Um sonho quando é bom não devia ter fim. E quando vira pesadelo fica tão ruim. A sua imagem na imaginação, mas sem você na cama é sempre a mesma solidão. A solidão que dói, a solidão que mói, a solidão que me destrói. Antes, o som do silêncio era excitante, só que sem você é sufocante. Dizem que o amor deixa a gente mais completo, mas eu sou metade, só metade sem você por perto. E se você consegue rir me vendo chorar, eu não preciso saber. Vira o seu riso pra lá. Mas se você prefere me ver numa boa, por que não? Pode te dar mais prazer do que me ver no chão. Se você passar por cima assim você me pisa, com essa pose de desprezo, com esse peso que me pira e que me tira toda chance de recuperação. Que piração: tô na procura por uma cura pro meu coração. E na loucura da procura eu procurei você, e fiz uma procuração. É, pro coração, pra curar o coração e deixar o cara são... Pronto pra outra lição!

sábado, 23 de outubro de 2010

NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.

Não me tragam estéticas!
Não me falem em moral!
Tirem-me daqui a metafísica!
Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas
Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!)
Das ciências, das artes, da civilização moderna!
Que mal fiz eu aos deuses todos?
Se têm a verdade, guardem-na!

Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica.
Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo.
Com todo o direito a sê-lo, ouviram?
Não me macem, por amor de Deus!
Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável?
Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa?
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!

Para que havemos de ir juntos?

Não me peguem no braço!
Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho.
Já disse que sou sozinho!
Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia!
Ó céu azul — o mesmo da minha infância —
Eterna verdade vazia e perfeita!
Ó macio Tejo ancestral e mudo,
Pequena verdade onde o céu se reflete!
Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje!
Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta.
Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo...
E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!



Poema: ÁlvarodeCampo .
Foto: Pamela Bernardes .

segunda-feira, 18 de outubro de 2010


Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas bico calado, faz de conta que sou mudo !
Um país que crianças elimina,
Que não ouve o clamor dos esquecidos.
Onde nunca os humildes são ouvidos
E uma elite sem deus é quem domina.
Que permite um estupro em cada esquina.
E a certeza da dúvida infeliz
Onde quem tem razão baixa a cerviz
E massacram - se o negro e a mulher
Pode ser o país de quem quiser
Mas não é, com certeza, o meu país
Um país onde as leis são descartáveis
Por ausência de códigos corretos
Com quarenta milhões de analfabetos
E maior multidão de miseráveis
Um país onde os homens confiáveis
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis
E o respaldo de estímulo incomum
Pode ser o país de qualquer um
Mas não é com certeza o meu país
Um país que perdeu a identidade
Sepultou o idioma português
Aprendeu a falar pornofonês
Aderindo à global vulgaridade
Um país que não tem capacidade
De saber o que pensa e o que diz
Que não pode esconder a cicatriz
De um povo de bem que vive mal
Pode ser o país do carnaval
Mas não é com certeza o meu país
Um país que seus índios discrimina
E as ciências e as artes não respeita
Um país que ainda morre de maleita
Por atraso geral da medicina
Um país onde escola não ensina
E hospital não dispõe de raio - x
Onde a gente dos morros é feliz
Se tem água de chuva e luz do sol
Pode ser o país do futebol
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo
Um país que é doente e não se cura
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um país que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o brasil em mil brasis
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o país do faz-de-conta
Mas não é com certeza o meu país
Tô vendo tudo, tô vendo tudo
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo


musica: Zé Ramalho
Composição: Livardo Alves / Orlando Tejo / Gilvan Chaves

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vazio - Parte III



(...) Toda essa ausência sempre esteve dentro de mim, durante a vida inteira, mas o que me fazia querer ela em minha vida era essa paz, que só ela me passava, a total segurança, um prato cheio pras minhas incertezas. Até o fim. Não o fim do amor, ou da dor, das patéticas palavras, dos inúteis atos sejam eles quais fossem e sim o fim da carne, do devaneio de existir.
A morte, eu nunca a vi tão de perto, nos meus braços, entre meus olhos, rasgando minhas veias e testando meu limite entre o real e o imaginário. O êxtase de se perder um alguém para um vácuo profundo e sombrio que você não pode ver, somente sentir, é um golpe desonesto da vida e acredite ela nunca lhe dará pelas costas.
Adentrei a sala, lá estavam alguns conhecidos, amigos, e parentes, alguns pálidos desviavam o olhar para as paredes ignorando a hipótese de olhar o corpo ali, em alguns podia-se perceber a face molhada por recentes lágrimas, ambos evitando encarar a ausência de alma no corpo que ali estava.
Desde o ocorrido, eu apenas observei os fatos e refleti sobre as coisas, sempre me perguntando quando iria acordar para poder rir de tudo, mas cada segundo ali olhando me fazia pensar no real. De fato, aconteceu e estava lá.

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Dedicado: Paula Regina (f)
Texto: Jéssica Caroline
Foto: Pamela Bernardes